
Narzilene Batista de Souza é servidora há quase 10 anos e até semana passada estava como merendeira na Escola João Bastos.
Na manhã desta segunda-feira, 25 de junho de 2018, Narzilene chamou a polícia e registrou um boletim de ocorrência. Segundo a servidora, ela foi agredida pelo secretário Paulinho da Ótica, no antigo Colégio Santa Terezinha, onde funciona vários setores da administração.
Narzilene concedeu entrevista ao SiteBarra, confira o vídeo abaixo
Segundo Narzilene relatou, ela chegou cedo à secretaria para conversar com o secretário. Após esperar várias horas, ela viu que outra pessoa que chegou bem depois dela foi atendida. Ao entrar na sala e pedir para ser atendida pela ordem de chegada, ela disse ter ouvido de Paulinho da Ótica que ele atenderia quem ele quisesse atender.
Segundo a merendeira, Paulinho da Ótica partiu para cima dela e a expulsou da sala, puxando-a pelo cabelo. Ela mostrou também o braço e o pescoço arranhados, que segundo ela, foram marcas da agressão de Paulinho da Ótica.
Administração diz o contrário
Logo após o episódio, Paulinho da Ótica chamou um funcionário que ele contratou, conhecido como Weber. Ele relatou para Weber sua versão do acontecido e pediu que fosse divulgado.
Segundo Paulinho, Narzilene está afastada de suas funções desde a última sexta-feira, 22.
Sobre a agressão narrada por Narzilene, Paulinho disse que ela teve outro “surto” de raiva e se dizendo revoltada com o que considera “injustiça” contra si, invadiu a sala do secretário municipal de Administração, Paulinho da Ótica, por volta de 9h40 desta segunda-feira, acusando-o de estar tentando prejudicá-la.
Paulinho pediu que Weber dissesse que ele ficou constrangido e que pediu educadamente para que ela se retirasse. Na versão de Paulinho, Narzilene partiu para a agressão verbal e física, mas ele confirma que ela foi contida e colocada para fora da sala.
Narzilene chamou a Polícia Militar, e contou ter sido agredida pelo secretário. Paulinho da Ótica alegou que ela estava mentindo.
Perseguição após denúncia
De acordo com a própria Narzilene, um dos motivos da perseguição contra ela é a denúncia que ela ajudou a fazer sobre o leite com data de validade vencida, encontrado na Escola João Bastos na semana passada. Veja aqui
Narzilene disse que não ia permitir que leite vencido fosse servido para as crianças e ajudou fazer a denúncia. A prefeitura assumiu que o leite estava com data de validade vencida, mas atribuiu ao jogo do Brasil na copa o motivo do leite estar armazenado no local.
Mentira desmentida pelo próprio prefeito
Na semana anterior, quando repercutiu a polêmica com a merenda escolar, Paulinho pediu a seu funcionário Weber para plantar uma notícia falsa, de que a prefeitura ia investigar a funcionária. A fake news foi desmentida no outro dia pela assessoria da prefeitura municipal, a pedido do prefeito Alencar Marim.